por Edilson da Silva Cruz e Simone Oliveira
Olá, NAE.
Em nome da gestão Olhos Livres do CAELL, gostaríamos de fazer um esclarecimento a respeito da assembléia que aconteceu essa semana e sobre a crítica aos núcleos que foi levantada na mesma.
1. O que é e como funciona uma Assembleia
As Assembleias são os “fóruns” máximos de deliberação dentro do Movimento Estudantil. Elas funcionam de uma forma específica, seguindo uma estrutura previamente estabelecida.
Primeiro, todos têm o direito de falar o que quiserem nos momentos propícios.
A assembleia se inicia com os "Informes", espaço onde as pessoas informam sobre algum evento que ocorreu, convidam para uma atividade e etc.
Depois, há a discussão das pautas. Qualquer estudante pode se inscrever (é só levantar a mão e dizer o nome para a mesa anotar) e falar (normalmente o tempo de duração das falas é definido no início da discussão). Todos os presentes na Assembleia têm direito a voz na discussão.
Após as discussões das pautas, chega a hora dos encaminhamentos da Assembleia e das votações. E somente os estudantes do curso de Letras podem votar.
Ao longo da discussão, as pessoas com propostas referentes às pautas podem propô-las por escrito à mesa, que as levará ao plenário através dos já encaminhamentos. Essas propostas, caso não obtenham consenso na Assembleia, são votadas após cada propositor usufruir de seu direito de defesa perante o plenário.
A votação pode ser definida por contraste, ou seja, os componentes da mesa se baseiam no que veem no momento da votação para saber qual a proposta vencedora, por exemplo: se uma votação foi de 5 votos contra 80, não há necessidade de contar os votos porque dá pra ter uma "configuração visual contrastiva" quando os presentes no plenário levantam as mãos,ou seja, pode-se visualizar quem teve mais ou menos votos.
2. A Assembleia do dia 15 de Abril
Na Assembleia que aconteceu no ultimo dia 15 as pautas eram Univesp e espaços. A gestão assim as definiu dada a atualidade da discussão a respeito desses temas no curso de Letras.
Durante as falas, várias foram as críticas levantadas à estrutura do Centro Acadêmico, estrutura essa que se divide em núcleos com temática especifica. Alguns disseram que tal divisão fragmenta as discussões no curso e, por isso, deveria ser substituída por um “Comitê de Mobilização” que unificasse e centralizasse todas as discussões. Outros disseram que tal estrutura não está funcionando e as reuniões de núcleo estão “esvaziadas”.
Ora, a estrutura em núcleos não surgiu na gestão [O.o] de maneira impensada. Ao contrário, essa era uma de nossas propostas de campanha. A intenção era direcionar a discussão para que esta pudesse ser feita de maneira pontual, autônoma, independente e, ao mesmo tempo, pudesse agregar os estudantes que, muitas vezes, não participam do Centro Acadêmico por considerá-lo aparelhado por grupos e partidos políticos. Entendemos que “dividir” as discussões é uma forma de aprofundá-las e, a partir delas, propor atividades reais dentro do curso que despertem a consciência crítica e a participação efetiva do maior número possível de estudantes.
Além disso, a idéia inicial da gestão era que cada núcleo organizaria suas atividades, tendo seu ponto de convergência nas Reuniões de Gestão, nas quais haveria uma síntese do andamento das atividades e discussões e, assim, poderíamos propor atividades conjuntas, unificando as discussões entre os diferentes núcleos (reconhecemos, porém, que isso ainda não aconteceu como deveria, pelos motivos elencados abaixo).
Nosso núcleo, por exemplo, já realizou duas reuniões: uma reunião com discussões iniciais sobre o curso de Letras e sua estrutura e outra sobre Ensino à Distância e Univesp. Ambas contaram com um número razoável de pessoas, visto que não puderam ser bem divulgadas. Considerando a quantidade de estudantes que, normalmente,frequentam essas reuniões, consideramos que as reuniões foram positivas, especialmente porque agregou uma quantidade considerável de calouros.
No entanto, alguns erros da nossa parte têm de ser levantados:
a nossa comunicação: até agora não pudemos, dada a correria que é o Centro Acadêmico e o nosso curso (já que somos estudantes também), pensar em formas de divulgação mais efetivas das nossas atividades, bem como não pudemos sintetizar as discussões e unificá-las da forma como queríamos;
nossa gestão, se considerada a imensa quantidade de atribuições da mesma, é pequena, contando com apenas 10 diretores que têm de reger e supervisionar todas as problemas, atividades e núcleos existentes;
a falta de um calendário unificado que permita uma divulgação maior e um planejamento mais concreto das nossas atividades.
Outro ponto que deve ser levantado a respeito dessa crítica aos núcleos é o lugar de onde ela partiu, ou seja, quem a levantou: pessoas ligadas a grupos (independentes ou não) ou partidos políticos. Isso para nós é relevante, pois, na própria Assembléia do curso, alguns integrantes desses grupos e/ou partidos fizeram falas demonstrando não acharem importante que primeiro se discuta as pautas do Movimento Estudantil e do nosso dia-a-dia do curso com os estudantes para depois, com uma idéia mais sólida sobre o que vamos construir, decidirmos se vamos ou não construir determinadas atividades.
Nós não concordamos com isso: o Centro Acadêmico é formado por TODOS os estudantes de Letras e TODOS têm o direito de discutir aquilo que é pertinente à sua própria vida acadêmica. Para isso servem os núcleos. E, principalmente, a discussão precede as deliberações.
3. Conclusões
Nós do CAELL consideramos essencial que as diversas pautas pertinentes e inerentes ao curso de Letras e ao Movimento Estudantil mereçam a devida atenção e sejam debatidas com seridade. Discutir tudo ao mesmo tempo não aprofunda a discussão e só responde ao interesse de quem já possui certo acúmulo de discussão dos temas propostos(como os integrantes de partidos, por exemplo, que discutem determinadas pautas internamente). Se bem geridos, os núcleos são sim uma forma eficaz de discussão e proposição no curso de Letras.
Na Assembléia, foi criado o chamado “Comitê de Mobilização”, mas não como substituto dos núcleos, apenas como agregador das pautas, especialmente as mais políticas, a fim de que sejam discutidas com certo destaque por todos do curso. Os núcleos continuam normalmente suas atividades.
Diante do exposto aqui, nós, da gestão Olhos Livres gostaríamos de conhecer a opinião de todos os que fazem parte desse núcleo: críticas, sugestões, notas de apoio e de repúdio, enfim, falem conosco!
O CAELL-Olhos Livres é de todos os estudantes. Sinta-se à vontade para opinar.
Sem mais,
Edilson da Silva Cruz
Simone Oliveira
(nucleoacademico@gmail.com)
Quem é o grupo que faz parte do Centro Acadêmico?
Quem deve fazer parte dele senão TODOS?
– E só pode ser assim. Qualquer desvio disso é oportunismo [apa(o)relhamento] visando exclusivamente a construções coletivindividuais sob uma máscara [turva] de democracia e representação. Onde está a democracia e a representação nas gestões que, ano após ano se DEMONSTRAM desinteressadas [ou não se importam] e sequer OLHAM [O.o] para os estudantes, nas gestões em que não temos ESPAÇO para refletir e, conseqüentemente, participar?
(Carta-Manifesto Olhos Livres)
por Wallacy Silva Neto, 1º ano
Pelos corredores da Letras nos vemos discutindo sobre os mais diversos assuntos: filosofia, meio ambiente, sexo, política, literatura... Mas, e nosso curso, a quantas anda? Nós, estudantes de Letras, estamos sendo preparados para quê?
Com a finalidade de discutir essas e outras questões, foi criado o Núcleo Acadêmico e de Ensino (NAE). Univesp, ranqueamento e a recente Reforma Curricular também estarão em pauta nas nossas reuniões. Não podemos ficar alheios a esses temas e a discussão é fundamental.
No nosso próximo encontro, discutiremos o "Projeto Pedagógico do curso de Letras", que está disponível no blog vercomolhoslivres.blogspot.com. A data e o local dessa reunião será divulgados em breve.
Entre em contato conosco: nucleoacademico@gmail.com
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